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A energia solar, o coronavírus e a recuperação econômica

O setor solar fotovoltaico é reconhecido como uma potente mola propulsora do desenvolvimento, trazendo mais renda e poder de compra para as famílias brasileiras.

A pandemia do novo coronavírus COVID-19 tem suscitado um grande debate entre os gestores públicos mundiais e os especialistas em saúde e em economia: como promover a adequada segurança sanitária e, ao mesmo tempo, reduzir ao máximo os efeitos negativos da crise econômica colateral nas nações ao redor do globo?

Dentro dessa discussão, há uma questão que paira sobre o setor produtivo mundial: como dinamizar as atividades econômicas com segurança, de modo a manter os negócios operando e as pessoas com emprego e renda, preservando, simultaneamente, a saúde da população?
 
Após o momento mais crítico da atual pandemia mundial, a fonte solar fotovoltaica será, certamente, uma ferramenta estratégica para o rápido reaquecimento das economias do mundo e, especialmente, do Brasil, país com um dos maiores potenciais solares do planeta. Trata-se da fonte renovável com o maior potencial de geração de empregos e renda no planeta. Para cada novo megawatt (MW) instalado, a solar gera de 25 a 30 novos postos de trabalho, a maioria deles localizados nas regiões em que os sistemas são instalados.

O setor solar fotovoltaico é reconhecido como uma potente mola propulsora do desenvolvimento, trazendo mais renda e poder de compra para as famílias brasileiras, além de gerar mais caixa para as empresas com a economia nos custos operacionais. A solar também aumenta a arrecadação dos governos, ajudando a recuperação dos cofres públicos, reduzidos pelas necessárias medidas de combate à COVID-19.

Não se pode negar o papel propulsor da fonte solar fotovoltaica, inclusive na história recente do Brasil. Nas crises econômicas de 2015 e 2016, o produto interno bruto (PIB) do País foi de -3,5% ao ano, mas o setor solar fotovoltaico cresceu mais de 300% ao ano, no mesmo período.

Para aliviar os efeitos da crise econômica decorrente do combate ao coronavírus COVID-19, a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) apresentou ao Governo Federal e ao Congresso Nacional a proposta de criação de um programa emergencial para instalar sistemas solares fotovoltaicos em consumidores de baixa renda com tarifa social. Também propôs à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a permissão de doação dos créditos excedentes da geração distribuída às instituições de serviços essenciais que atuam no combate ao novo coronavírus, como hospitais e centros de saúde.
 
No total acumulado, a solar já trouxe mais de R$ 26,8 bilhões em novos investimentos privados ao País, tendo gerado cerca de 130 mil empregos desde 2012. A fonte acaba de ultrapassar a marca de 5 gigawatts (GW) de potência operacional no Brasil, somadas as usinas de grande porte e os pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos.
 
Como os dados demonstram, a solar poderá ajudar, e muito, a retomada da economia e dos empregos do País. A exemplo do que já fez pela sociedade brasileira no passado próximo, a energia solar fotovoltaica está preparada para alavancar a recuperação do Brasil, tanto em termos econômicos quanto sociais e ambientais.

Fonte: O Debate