Painéis solares são produzidos com restos de alimentos
O sistema reaproveita materiais que seriam descartados para produzir os painéis solares. Restos de frutas e vegetais se transformam em um material durável, translúcido e moldável.
A solução para estas limitações pode ter sido encontrada por um jovem estudante filipino de 27 anos. Carvey Ehren Maigue da Universidade de Mapua desenvolveu um sistema que converte a radiação UV em luz visível e gera eletricidade. O AuREUS System Technology, como foi chamado, é um material que pode ser aplicado em superfícies ou estruturas pré-existentes.
Painéis fotovoltaicos vêm ganhando cada vez mais espaço como uma fonte limpa e renovável de energia. Mas, muitos destes equipamentos só funcionam em certas condições – painéis solares dependem de luz direta do sol e as usinas fotovoltaicas são construções horizontais que dependem de grandes áreas.
Como o sistema usa raios ultravioletas, ele gera eletricidade mesmo em dias nublados. As partículas do material absorvem a “luz invisível” dos raios ultravioleta e podem produzir eletricidade em 50% do tempo, um resultado alcançado no período de testes e que está bem acima da produção de energia dos painéis solares convencionais, que varia de 15% a 22% do tempo.
Aurora Boreal
O nome AuReus foi inspirado na aurora boreal e em suas partículas luminosas que absorvem raios ultravioletas ou raios gama, transformando-os em luz visível. Um processo similar acontece no sistema, que usa partículas específicas de alguns vegetais que têm esta mesma capacidade.
Reconhecimento internacional
Carvey foi o vencedor do prestigiado prêmio Dyson Prize, que anualmente reconhece soluções e tecnologias desenvolvidas ao redor do mundo, na categoria Sustentabilidade, eleito o melhor projeto entre 1,8 mil inscritos. Com o prêmio de US$ 40 mil, o estudante vai começar uma nova etapa, a de desenvolver seu produto e torná-lo disponível para o mundo.
O sistema conserva espaços ao usar estruturas já existentes, usa recursos disponíveis ao reaproveitar sobras de alimentos e apoia comunidades locais. Uma ideia brilhante! — declarou James Dyson, fundador e engenheiro chefe da Dyson, a empresa responsável pelo prestigiado prêmio.
Fonte: CicloVivo