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G7 e a Amazônia

O Grupo dos Sete reunido na semana passada, quer criar uma espécie de Fundo Monetário Internacional para proteger recursos compartilhados, como os oceanos e a atmosfera.

Os investidores e formuladores de políticas econômicas devem proteger ativamente a natureza. É necessária uma revisão urgente das métricas econômicas para levar em conta o preço dos ecossistemas naturais que são prejudicados. Uma coalizão de instituições que administram mais de US $ 11 trilhões se comprometeu a proteger e restaurar a biodiversidade por meio de seus financiamentos e investimentos.

Precisamos desesperadamente de algo para gerenciar os bens comuns globais, diz Partha Dasgupta, economista Indiano-Britânico, Professor Emérito de Economia na Universidade de Cambridge, Reino Unido. A ideia é apoiada pelo Grupo dos Sete que pleiteia poderes especiais para cobrar aqueles que atualmente usam esses ativos comuns gratuitamente.

Criar um órgão de fiscalização e compensar as nações que esforçam pela proteção de bens naturais dentro de suas fronteiras.

O governo brasileiro pediu aos EUA US $ 1 bilhão por ano para conter o desmatamento na Amazônia. A Indonésia já havia sido paga pela Noruega para reduzir as emissões da queima de florestas .

Segundo Dasgupta, não adianta ficar sentado do lado de fora reclamando do fato de que as florestas tropicais estão desaparecendo. Alguns pagamentos de transferência de recursos são necessários para compensar as nações por sua perda de receitas causada pela manutenção desses bens públicos globais intactos.

Embora reconhecendo que tais propostas atrairiam oposição e conflitos de interesse, diz ele que trata-se de “economia elementar de primeiro ano” aplicada a novos setores. Devemos cobrar pelo direito de enviar navios enormes com cargas milionárias através do Pacífico ou do Atlântico.

“Temos que pagá-los para manter as florestas tropicais?” A resposta é sim!

Estamos falando de um bem público global. Se queremos a preservação devemos contribuir para o desenvolvimento econômico e social dessas áreas preservadas.

Fonte: Bloomberg Green