Uma quimera enzimática para a reciclagem de plástico
A descoberta do coquetel de enzimas pode ser mais um passo na direção de uma solução para o problema global da poluição por plástico.
Se nada for feito, em 1 década haverá o equivalente a 26 mil garrafas de plástico no mar por quilômetro quadrado; em 20 anos, serão 29 milhões de toneladas boiando nos oceanos — por ano, os plásticos já matam 1,5 milhão de animais. A humanidade produziu mais matéria plástica nos últimos 10 anos do que em todo o século XX.
Em 2018, cientistas dos dois lados do Atlântico reprojetaram uma enzima (a PETase) para que ela se alimentasse mais rapidamente de plástico. Agora, a mesma equipe combinou com uma outra enzima (a MHETase) para acelerar ainda mais o processo de decomposição do termoplástico tereftalato de polietileno, o popular PET que hoje está presente no planeta inteiro, das prateleiras dos supermercado ao estômago de aves marinhas.
Quimera mais eficiente
Em sua forma natural, a PETase não é rápida o suficiente para tornar comercialmente viável o processo de reciclar as toneladas de garrafas PET descartadas todos os dias. A descoberta do coquetel PETase + MHETase pode ser mais um passo na direção de uma solução para o problema global da poluição por plástico. Se há 2 anos a PETase foi reprojetada para devorar plástico 20% mais rapidamente, a combinação dela com a MHETase aumentou a eficiência do processo em três vezes.
Fonte: Tecmundo/Ciência