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Microplásticos encontrados no sal marinho

Isso não é novidade! Só não se tinha a medida das quantidades encontradas.

Agora, uma nova pesquisa mostra microplásticos em 90% das amostras coletadas de marcas de sal de cozinha no mundo todo.

Concluiu-se que uma pessoa pode ingerir anualmente, em média, 2 mil microplásticos apenas desse tipo de fonte.

São chamados de microplásticos os resíduos degradados de plástico que medem menos de 5 milímetros. Quando degradados, essas partículas podem se tornar pequenas o bastante para contaminar as águas (até mesmo as filtradas) e, consequentemente, se infiltrarem em nossa alimentação.

Resíduos

Foram analisadas amostras de sal de 21 países da Europa, América do Sul e do Norte, África e Ásia. O estudo foi publicado recentemente no periódico Environmental Science & Technology.

— Podemos partir do pressuposto de que já há microplástico em todas as áreas do meio ambiente. Isso se dá simplesmente porque usamos plástico em tudo, e o material é espalhado por meio do vento e da água. Não é de espantar que microplástico seja encontrado no ar, na água potável ou em alimentos — afirma Leandra Hamann, uma das autoras do estudo.

Atualmente, mais de 440 milhões de toneladas de plástico são produzidas anualmente no mundo. Estimativas indicam que a produção aumenta 4% a cada ano.
A maioria dos plásticos precisa de muito tempo para se degradar na natureza. Para metade dos produtos de plástico, são necessários até 100 anos; para a outra metade, estima-se que sejam necessários até mil anos.

A maior quantidade de microplástico no planeta provém do desgaste de pneus, do asfalto, do descarte de plásticos não degradáveis, da lavagem de roupas com fibras sintéticas e dos cremes dentais e cosméticos.

Embalagens

Em dezembro de 2018, os países-membros da União Europeia (UE) chegaram a um acordo sobre a proibição de plásticos descartáveis. Pratos, canudos e outros artigos de plástico serão proibidos a partir de 2021.

Microfibras

Também tecidos poderiam se tornar menos nocivos ao meio ambiente ao serem fabricados com fibras naturais e degradáveis e sem produtos químicos tóxicos.

Muitos consumidores não sabem que os tecidos de microfibra são feitos de petróleo e que essas microfibras não se decompõem.

Solução

Para proteger o meio ambiente, os cientistas recomendam que a poluição por microplásticos seja reduzida em 96%.

Para se ter uma ideia: na Alemanha, cada pessoa deveria passar a ser responsável pela liberação de apenas 200 gramas de microplásticos no meio ambiente por ano, em vez dos 5,4 quilos atuais.

E você, o que acha, podemos ajudar?!

Fonte: Correio do Brasil, Revista Galileu, Green Business Post