Nova tarifa de água extingue consumo mínimo para estimular economia.
Os 195 municípios do Sistema Casan, Santa Catarina, desde março/2020, estão isentos do pagamento da tarifa mínima. E as outras concessionárias, quando passarão a cobrar o consumo real de seus consumidores?
Renovamos esse assunto para que a população pressione as autoridades de seus municípios. O antigo argumento das empresas de água e esgotos, pelo qual a tarifa garantiria os custos fixos da distribuição, não se sustenta. Se todos devem economizar água, então, ABAIXO O CONSUMO COMPULSÓRIO. A principal mudança na nova tabela da Casan foi o fim do consumo mínimo de 10 metros cúbicos. Em seu lugar entra uma tarifa pela disponibilidade do serviço, no valor de R$ 29,19, e a partir daí uma cobrança pelo consumo efetivamente apontado no hidrômetro. O objetivo dessa mudança é estimular um uso mais consciente de água.
“Quem economizar mais, pagará menos”, disse o diretor Financeiro e de Relações com os Investidores da Casan, Ivan Gabriel Coutinho. Pelos dados atuais do cadastro da empresa, pelo menos 50% dos usuários terão redução na tarifa. Outros 16% que antes não eram estimulados a economizar – pois pagavam a tarifa de consumo mínimo – agora serão incentivados a reduzir o consumo e, assim, pagar uma fatura menor.
O consumo médio dos moradores de Santa Catarina é de 154 litros/dia, um número que pode ser reduzido com a adoção de pequenas práticas, como fechar a torneira enquanto ensaboa a louça ou, principalmente, se reduzir o tempo ao banho, pois o chuveiro é um grande consumidor de água tratada.
Além disso, novas tecnologias permitem a instalação de medidores de vazão de água individualizados em condomínios residenciais e comerciais.
Embora sejam hidrômetros, são tão pequenos que não comprometem a estética dos ambientes nos quais estejam instalados. Além disso, suas medições são enviadas por telemetria ao software de gestão, que pode ser acessado por aplicativo em smartphones, tablets e notebooks.
Trata-se de um grande incentivo à redução de consumo, pois acaba com a divisão da conta de água por igual entre os condôminos. Famílias menores e escritórios com poucos funcionários não pagarão pelos mais gastões. E estes, em consequência, perceberão eventuais exageros de consumo.
Fonte: Canal Içara