Países do G20 não estão cumprindo suas metas climáticas
Análise do Climate Action Tracker indica que nenhuma das nações têm políticas em vigor que sejam consistentes com os compromissos assumidos no Acordo de Paris.
Os países do G20 não têm políticas em vigor que sejam consistentes com o Acordo de Paris, compromisso de 2015 que estabeleceu o objetivo de limitar o aquecimento global abaixo de 2⁰C e, idealmente não mais do que 1,5⁰C, em comparação com as condições pré-industriais. A análise é do projeto científico independente Climate Action Tracker, baseada em dados disponibilizados até 5 de dezembro, e foi publicada pelo jornal The Guardian.
O mundo está a caminho de um desastroso aquecimento de 3°C até o final do século. Melhoramos em comparação com há 10 anos, mas continua a ser drasticamente insuficiente para garantir um futuro habitável para as próximas gerações. A hora de agir é agora. Quaisquer atrasos adicionais na melhoria das metas e políticas intensificam as mudanças climáticas e aumentam o esforço para reduzir as emissões mais tarde
Leonardo Nascimento – Pesquisador
Criticamente insuficientes
De todas as nações do grupo, oito (Argentina, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Rússia, Turquia, Canadá, México e Indonésia) foram classificadas pelo Climate Action Tracker como “criticamente insuficientes” quando contabilizadas exclusivamente as suas quotas justas de reduções de emissões.
Isto significa que as políticas e os compromissos climáticos delas refletem uma ação mínima ou nenhuma, o que levaria a temperatura do planeta um aquecimento de 4ºC (7,2ºF) ao longo deste século.
Altamente insuficientes
O Brasil – assim como China, Austrália, União Europeia e Reino Unido – recebeu a classificação “altamente insuficiente”. Segundo o Climate Action Tracker, seus compromissos e políticas não são consistentes com o limite de aumento de temperatura de 1,5°C quando se consideram as suas emissões históricas.
Insuficientes
Cinco países do G20, Estados Unidos, Japão, África do Sul, Alemanha e Índia entraram na categoria “insuficientes” na análise da partilha justa. A avaliação indica que, embora as políticas e os compromissos signifiquem que as emissões provavelmente estagnarão ou mesmo diminuirão, não é provável que diminuam a um ritmo suficientemente rápido para evitar um aquecimento global superior a 1,5ºC.
Fonte: Um Só Planeta