O Brasil na liderança mundial
Energias renováveis são uma oportunidade de reindustrialização do Brasil.
Por conta da presença dominante das fontes renováveis, como hidrelétrica, solar e eólica, poderemos nos tornar líder no ranking dos países que menos poluem em seu crescimento econômico. Além de ser um privilégio do ponto de vista ambiental, o perfil brasileiro de geração de eletricidade é também uma vantagem competitiva. O país tem a chance de atrair empresas eletrointensivas interessadas em selos verdes, que comprovem o alinhamento com o plano global de descarbonização. As fontes verdes são, portanto, uma oportunidade de reindustrialização para o país.
O importante é avaliar os grandes setores que precisam descarbonizar no Brasil. Basicamente são três: agronegócio, transporte e indústria. Na indústria, o papel das renováveis é fundamental. O biogás, por exemplo, pode substituir, no alto-forno, o coque ou carvão mineral (mais poluentes). Para se ter uma ideia, hoje, 75% da produção de aço no mundo é feita com base no coque. Só esse setor representa de 6% a 9% das emissões globais de CO2.
Bruno Pascon – Centro Brasileiro de Infraestrutura
O cenário é muito favorável. Talvez, o único no mundo em termos de oportunidade e com conjunção de fatores que proporcionam a maior janela de atração de investimentos de indústrias que não vão conseguir se descarbonizar facilmente em seus próprios países, por falta de energia renovável.
Nas indústrias, as fontes renováveis de geração de energia têm papel fundamental no processo de descarbonização. Essa realidade vale para as empresas que produzem sua própria eletricidade e para aquelas que adquirem o insumo de terceiros e estão preocupadas com a origem e a sustentabilidade do produto.
As renováveis respondem por 83% da matriz elétrica brasileira, enquanto, no resto do mundo, a média é de 29%.
Transição para fontes de energia renovável
Até 2026, previsão é que país tenha 241 novas usinas eólicas e solares em operação, que corresponde à quase a metade da energia gerada na Usina de Itaipu. A geração própria também ganha fôlego.
Não temos gargalos em energias renováveis. Precisamos aproveitar esse ativo muito valioso sob essa perspectiva de mudança climática e de transição energética.
Fontes: Engie – O Globo