Painel solar mais fino que uma folha de papel comum
O elemento ativo das células de energia solar é um material bidimensional, um semicondutor que conta com apenas uma camada atômica de espessura.
Pesquisadores desenvolveram um painel solar 15 vezes mais fino do que um papel normal. Até agora, o protótipo voltado para o mercado de energia solar conseguiu apenas 5,1% de eficiência, entretanto a estimativa é que atinja 27%, sendo capaz de revolucionar a indústria de energia renovável, chegando ao mesmo nível dos melhores e atuais painéis de energia solar do mercado de energia renovável, incluindo os de silício.
Koosha Nazif e seus colegas pesquisadores da Universidade de Stanford conseguiram atingir uma otimização sem precedentes em relação a esses números através de três inovações principais: o uso de contatos de grafeno, que não bloqueiam a luz solar porque são transparentes, o uso de uma cobertura de molibdenita para o aumento da eficiência, antirreflexão e passivação, e também a criação de uma nova técnica que transfere as camadas monoatômicas para o substrato transparente e flexível sem que fossem causados danos.
Protótipo do painel solar mais fino do mundo produz 4,4 watts por grama
O protótipo alcançou uma relação potência/peso 100 vezes maior do que qualquer um do seu tipo já desenvolvido. Essa proporção é essencial para aplicações móveis e portáteis, como carros elétricos e drones, e para capacidade de recarga em movimento, por meio da transferência de energia renovável sem fios.
Em termos de potência específica, o protótipo de painel solar gerou 4,4 watts por grama, um valor bastante competitivo com outras células de energia solar de película fina. Os cálculos dos cientistas também apontam que é possível melhorar bastante nesse quesito, chegando aos 46 watts por grama.
Vantagens do novo painel solar
O maior benefício do novo painel solar é sua espessura fina, que além de minimizar o seu custo material e uso, também torna as células de energia solar leves, passíveis e flexíveis de serem moldadas em formas irregulares, como o teto de um carro, eletrônicos, ou a asa de um avião, por exemplo.
A parte mais grossa do protótipo de energia renovável não são as células solares, que medem apenas algumas centenas de nanômetros de espessura, mas sim, o polímero que as dá sustentação.
Fonte: CPG – Click Petróleo e Gás