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O NORMAL, ANTES E DEPOIS DA PANDEMIA

NA RECLUSÃO, UMA OPORTUNIDADE PARA O NOVO!

A epidemia e o necessário isolamento social decorrente dela trouxeram incerteza e angústia. É uma realidade. Afinal, as mudanças foram muito bruscas nas relações pessoais, nas rotinas de vida e no trabalho. Mas o momento também pode ser usado para reavaliar nossa cultura consumista e a agressão ao Meio Ambiente, cuidar dos recursos naturais e usar racionalmente a água e a energia, buscar soluções para o lixo e o saneamento. Questões antigas e mal resolvidas que nós postergamos.

ASSUMIR UM POSICIONAMENTO PARA A PRESERVAÇÃO DA VIDA EM NOSSO PLANETA

Devemos aproveitar o período de reclusão para repensar sobre aspectos de nossas vidas individuais e estabelecer novas metas para quando tudo isso acabar, encarando o confinamento como um novo começo e até como uma oportunidade para mudar de carreira, repensar os nossos objetivos, caprichar na herança que deixaremos para as futuras gerações.

Elisa Zaneratto Rosa, professora de Psicologia Social e Saúde Mental na PUC-SP, explica que é natural que situações de crise coloquem muitas coisas em xeque, tanto no âmbito coletivo, de como organizamos nossa vida como sociedade, quanto na esfera individual. “Estamos vivendo uma grande crise hoje e isso nos permite olhar sobre as questões que estão postas nas nossas vidas, evidenciando dilemas e angústias”, afirma. “É um período de transformação das coisas, que nos coloca diante de perguntas: nessa nova realidade, que mudanças eu quero viver?”

A professora, entretanto, faz um alerta: é preciso tomar cuidado com os objetivos de transformação, porque vivemos em um sociedade que exige que nós sejamos produtivos, exitosos e empreendedores o tempo todo. “Devemos diminuir as cobranças e avaliar a cada momento quais são as transformações possíveis de serem realizadas”, diz Elisa. “É essencial que a gente seja solidário com a gente mesmo no reconhecimento de todo o processo de gestação dessa transformação.”

Fonte: Adaptação de artigo de Fernanda Boldrin e Giovanna Wolfl (Estadão)