AI gasta meio litro de água a cada 20 a 50 respostas
Pesquisa indica que demanda global por AI pode resultar na retirada de 4,2 a 6,6 bilhões de metros cúbicos de água limpa e doce em 2027 (metade do consumo anual do Reino Unido).
Avanço da tecnologia levou ao maior consumo de água para resfriar os servidores. Um Tribunal no Chile determinou que o Google revise sua proposta para a construção de um centro de processamento de dados em Santiago, considerando cuidadosamente os possíveis impactos que sua operação poderia ter no país, especialmente em relação aos recursos hídricos. A decisão anula parcialmente a aprovação prévia concedida ao projeto. O Tribunal concluiu que a agência não conduziu uma avaliação adequada do efeito que a iniciativa teria sobre o aquífero central da capital chilena.
Apesar dos inúmeros benefícios e do potencial da AI, o impacto ambiental, especialmente em relação à pegada de carbono, tem sido alvo de escrutínio público. No entanto, a enorme pegada hídrica dos modelos de inteligência artificial – muitos milhões de litros de água doce retirados ou consumidos para geração de eletricidade e resfriamento dos servidores – tem passado largamente despercebida. . Pengfei Li / UC Riverside
BIG TECHS
Nos últimos anos, o consumo de água pelas big techs aumentou significativamente devido à expansão da inteligência artificial. Segundo um estudo da Universidade da Califórnia, o uso intensivo de energia pelas ferramentas de AI requer maior refrigeração dos servidores, o que, por sua vez, demanda mais água.
Estimativas indicam que cada 20 a 50 interações com o ChatGPT podem consumir aproximadamente meio litro de água. Isso ocorre porque a maioria dos chatbots opera na computação em nuvem, que depende de servidores localizados em data centers. Esses servidores são utilizados para treinar os algoritmos responsáveis por realizar tarefas como responder às perguntas dos usuários.
De acordo com os últimos dados disponíveis, os centros de processamento próprios do Google retiraram diretamente 25 bilhões de litros e consumiram quase 20 bilhões de litros de água para resfriamento em 2022, sem considerar o uso de água em instalações de terceiros alugadas. A maioria dessa água foi potável. O uso de água nos data centers do Google aumentou em 20% em relação a 2021, enquanto o da Microsoft teve um aumento ainda maior, de 34% no mesmo período.
Fonte: Poder360