Crise hídrica: Madri vs S Paulo
Vazamento atual na rede de distribuição de água em Madri é 3,2%, metade do valor de 2010.
Vazamento atual (dados SNIS) na rede de distribuição de água em S Paulo é 41,8%.
E adivinha quanto era em 2010?
42%!!!! Percebeu o progresso?!
O volume perdido atualmente na região de Madri, no centro da Espanha, é de 3,2% um dos mais baixos da Espanha e metade do que era em 2010.
A manutenção da rede de fornecimento exige, segundo gestores da empresa pública Canal de Isabel II, que abastece a região com água, a reposição anual de 200 quilômetros de canalizações. Também contribuiu para a redução do consumo o emprego da água de reuso, que passou de 214 milhões de metros cúbicos em 2011 para 588 atuais. “É um resultado espetacular, que se deve à conjunção de muitos fatores trabalhados em longo prazo. “Disso depende a sustentabilidade de Madri”, afirma Francisco Javier Fernández Delgado, subdiretor de Telecontrole no Canal. Combater os vazamentos é “uma luta sem fim”, e a cifra atual é “difícil de reduzir”, afirma.
Uma das armas nessa batalha é a substituição de tubulações em longo prazo, embora esse trabalho esteja “limitado pela concessão de alvarás para a obra”. Para determinar quais canos precisam ser trocados, explica Fernández, a rede é avaliada e dados de mais de 20 anos são cruzados, como que tipo de tubulação se rompe com mais facilidade, seu diâmetro ou sua idade, o que permite calibrar o risco e as probabilidades de dano. Os primeiros tubos a serem substituídos são os que mais prejuízos e danos provocam.
Sensores de pressão
Outra técnica empregada —“complexa e mais imediata”, segundo uma fonte da empresa— é a implantação de uma gestão de pressão inteligente. Para isso os técnicos isolam zonas da rede e colocam instrumentos de medição para controlar a pressão, de modo a otimizar a saída da água que chega ao usuário, sem que este note. A rede é dividida em mais de 600 setores, distribuídos em trechos de 20 a 60 quilômetros. Há equipamentos de medição em 70 dessas áreas. Com estes sensores, os especialistas podem consertar encanamentos “antes mesmo que eles estourem”, esclarece Fernández.
Fontes: SNIS, El Pais/Br, Equipe Sustentabil