Como a poluição por plástico ameaça a vida na Terra – Capítulo 4
Fotógrafo flagra cavalo-marinho carregando cotonete em alto-mar e reascende debate sobre lixo plástico nos oceanos.
A foto é, indiscutivelmente, lindíssima, mas a mensagem que carrega não poderia ser mais triste – para não dizer assustadora. O clique é do fotógrafo Justin Hofman, feito durante expedição pela ilha de Bornéu, a maior da Ásia e terceira maior do mundo.
Cavalos-marinhos têm o hábito de se agarrar a pedaços de algas para navegar em correntes oceânicas. Claramente, o animal confundiu a haste do cotonete (que, nem precisa dizer, não deveria estar ali em hipótese alguma) com um pedaço de alga e o resto é história, eternizada pelas lentes de Hofman.
Os detritos da costa dos Estados Unidos levam, em média, seis anos para atingir o centro dessa corrente. Já os do Japão podem demorar até um ano.
As cinco correntes apresentam normalmente uma concentração maior de resíduos de plástico do que outras partes do oceano. Elas promovem ainda um fenômeno conhecido como “sopa de plástico”, que faz com que pequenos fragmentos do material fiquem suspensos abaixo da superfície da água.
Além disso, a decomposição da maioria dos resíduos de plástico pode levar centenas de anos.
Existem, no entanto, iniciativas para limpar a corrente do Pacífico Norte. Uma operação liderada pela organização não-governamental Ocean Cleanup está prevista para começar em 2018.
Fontes: The Greenestpost e The Cotton Bud Project/BBC/Ambiente Brasil