82 milhões de euros de economia com a redução de consumo de água.

O reuso de água praticamente não existe no Brasil.

Seja por falta de informação ou pelo próprio medo vinculado à eficácia do tratamento das águas residuais.

Tecnologias de reuso e projetos de dessalinização da água do mar já existem e estão sendo amplamente empregadas em países como Suécia, Israel, Alemanha, Japão, Holanda, Cingapura e Noruega.

O que falta no Brasil são formadores de opinião que atentem para essa temática e o engajamento da classe política para que projetos piloto e iniciativas pontuais de segurança hídrica tragam o reuso, a dessalinização e o reaproveitamento da água para a mesa de estudo e discussão no País.

Para quem acha que implementar programas de sustentabilidade nas empresas gera custos, aí vai um contraponto. Nos últimos 10 anos, a holandesa Unilever economizou, em todas as suas operações no mundo, 82 milhões de euros com ações de incentivo à redução do consumo de água. 

Segundo o executivo Antonio Calcagnotto, que comanda a divisão de assuntos corporativos e de sustentabilidade da Unilever Brasil, isso se deve a programas de reuso nas instalações fabris e áreas administrativas, reaproveitamento de efluentes e reforço de ações para a detecção de vazamentos, além de melhorias tecnológicas nas linhas de produção.

O exemplo da Unilever mostra que, apesar do desprezo que muitas empresas instaladas no Brasil ainda têm pelo assunto, não se trata apenas de uma questão ambiental (embora esta seja de suma importância).

Projetos sustentáveis podem, sim, proporcionar resultados financeiros.

Fontes: Mercado S/A e O Popular